Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

22/11/2008

Coisas grandes ou grande coisa?

Informação útil a todos aqueles que andam a escrever anúncios para o Google: Experimentem colocar a palavra mais importante do texto em maiúsculas, pode ser que ajude ao CTR.

Apesar de haver uma regra de desaconselha o uso de maiúsculas (a nº 1 o que deveria ser caso sério), demonstra-se que a utilização de maiúsculas num anúncio no Google aumenta significativamente a capacidade de converter impressões em conversões. A explicação para esta anti-regra é até simples, basta que olhemos para os dois anúncios em sequência (como eles costumam aparecer).



Viram? As Maiúsculas parecem maiores e parecendo maiores captam melhor a atenção e portanto geram mais cliques. Assim se demonstra que, sem chamar a atenção a publicidade não existe. Para vender é preciso interessar e para interessar é preciso iniciar uma conversação, o que só começa quando se estabelece um canal de comunicação. Ora, só nos escuta quem nos está a ouvir.

Nada de chegar ao extremo de julgar que chamar a atenção é tudo quanto a publicidade deve fazer. Não confundamos os fins (vender) com os meios (chamar à atenção). Aliás, um efeito curioso desta confusão de propósito pode ser encontrado nas personagens publicitárias (como os três magos da TMN ou os roucos da Vodafone). No meio do telelixo que as telecoms produzem e os telespectadores ignoram, há campanhas que obtém uma significativa notoriedade da publicidade. Nem que tal seja porque da forma como se mede a dita notoriedade da publicidade é mais fácil identificar os anúncios com personagens inverosímeis e pouca mensagem. Ora, confundindo a notoriedade da publicidade com alguma coisa de útil para as organizações, muitos anunciantes tratam de repetir estas personagens em execuções crescentemente alucinadas. Além de divertirem, a sobredosagem de GRPs em cima das personagens aumenta-lhes a notoriedade. Assim se criam clássicos tendencialmente alheado dos objectivos de negócio. De notar que ainda falta demonstrar como
É que a notoriedade de uma personagem tem algum efeito num negócio.

Em resumo, é indispensável chamar à atenção, mas depois de o conseguir convém que se tenha alguma coisa de relevante para se dizer. No caso (como já fora explicado na regra 4 das 29 ) demonstra-se que há mais do que uma razão para usar um tamanho de letra maior.

1 Comments:

  • At 4:17 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Maior tamanho, nas palavras certas, chama mais atenção? Santo deus, o que iremos aprender a seguir??

    Quanto aos três magos da TMN e aos roucos da Vodafone, creio que bateu no ponto quando disse: "confundindo a notoriedade da publicidade com alguma coisa de útil para as organizações, muitos anunciantes tratam de repetir estas personagens em execuções crescentemente alucinadas".

    Mas creio que devia ter ido mais longe: as personagens em si, não revelam "originalidade" ou "personalidade" da marca, ou lá o que os tretas da agência impingem aos executivos que pagam fortunas por estas merdas.

    Uma personagem dá trabalho a criar, leva tempo a entrar nos hábitos colectivos, e torna-se rapidamente intolerável quando é manchada pela putice que é impingir um produto. Ninguém gosta de putas. Muitos podem até frequentá-las, mas fica-lhes mal admitir que lá vão.

    O famoso "tou xim" resultou (junto dos imbecis), porque a malta era relativamente virgem nestas coisas. O acto já foi tantas vezes imitado e reinventado - tanta gente à procura da próxima catch phrase - que já tudo soa a falso.

    Basta olhar para o Herman José, ou mais recentemente, para os Gato Fedorento: já lá vai o estado de graça, toda a gente já percebeu que se venderam. Todos pensam "eu fazia o mesmo", mas a verdade é que já não lhes compram tanto. E cada vez menos. Passaram para o outro lado - para o lado do nojo.

    Quanto mais, uns reis magos que impingem telemóveis, e que nunca foram mais do que isso.

     

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