Consumering

Se o marketing adapta um negocio ao mercado o que que fazem as empresas que se adaptam ao consumidor? Fazem Consumering. Um blog de artigos sobre como transformar uma empresa comercial num negocio de produtos preferidos pelos consumidores. www.consumering.pt

16/01/2009

Rebentar de novo

A web2.0 já só tem mais alguns meses para viver, até ser comida pelos seus prejuízos.


No meio dos estoiros que no ano passado destruíram a economia da era w.bush, mal se ouviu o pequeno estalido que acompanhou o rebentar da bolha da net 2.0. Ainda assim, a coisa fez-se. O destino dos fungos parasitas que alimentaram a segunda borbulha da Internet está escrito e no futuro breve, vamos todos assistir ao encontro das redes sociais com o destino.
A derrocada ocorrerá em duas fases. Os primeiros a ir, serão aqueles que não conseguiram ser vendidos até 2007. Os projectos a ficar para tias devem acabar por morrer num prazo com apenas meses. Depois destes, será a vez daqueles que aproveitaram as borlas de bom senso e tiveram a oportunidade de se venderam a corporações com excesso de liquidez. Estes segundos, vão se aguentar mais tempo à tona, agarrados que estão à teta do patrão. Pelo menos enquanto o hospedeiro não se farte deles e os remeta, mais as suas despesas para a obscuridade. Uma decisão que ainda pode tardar alguns anos.
No segundo grupo, o dos hobbys corporativos, encontramos coisas como o Facebook, o Youtube, o Myspace (a quem a Fox já mandou abrandar) e o Flickr (que está a ser emagrecido à bruta pela Yahoo!). Estas iniciativas não têm viabilidade económica, mas pode ser que se aguentem por bastante tempo, dependendo da sua capacidade para sobreviverem com custos discretos.
Mais difícil será a vida no primeiro grupo, o saco onde estão quase todos aqueles projectos de redes sociais desconhecidos ou redundantes. Aqueles que chegaram tarde à fama, que falharam a fusão, ou que se limitaram a copiar terceiros. No meio desta multidão anónima e condenada, encontram-se alguns fenómenos, como o twiter ou o Second Life, operações vistosas, cuja vida futura parece estar ameaçada pela respectiva falta de receitas num mundo em escassez de capital.
A web2.0 passou a ser uma bolha quando reemergiu um velho adágio da nova-economia. Dizia-se então e voltou-se a acreditar que, “primeiro as pessoas e logo depois o dinheiro as seguirá”. É bastante fácil de demonstrar os riscos desta ilusão, mas a verdade é que uma e outra vez o optimismo irresponsável de alguns criadores de modas acabou a esbarrar contra a dureza fria da contabilidade.
Quando começarem os projectos web2.0 do tipo rede sociais e afins, haverá quem julgue que se trata de uma ameaça a toda a publicidade online. Haverá quem julgue que os verdadeiros negócios online vão sofrer por comparação. Haverá até quem deseje um regresso triunfante dos meios tradicionais.
Nada disso. Os projectos tipo rede social são maus negócios porque têm com excesso de custos comparados com uma angariação de receitas pouco claras, perdulária ou inexistente.
O Facebook têm dos mais baixos CTRs do mercado. O twiter e a wikipedia simplesmente não têm receitas. Enquanto o youtube sempre deu prejuízo. Não são formas de fazer negócio e mais cedo ou mais tarde a brincadeira vai ter de acabar. É uma pena que sejam mortos pela ineficiência, pois eram alguns dos serviços gratuitos que mais prazer dava utilizar.

5 Comments:

  • At 3:33 da tarde, Blogger João said…

    Acredito que 1 ou 2 "redes sociais" vão subsistir se conseguirem angariar utilizadores constantes suficientes. Isso fará delas mais um serviço na Internet que vende publicidade suficiente para subsistir. Quanto ao youtube, considero-o mais um serviço que se transformará a médio prazo numa plataforma que venderá os seus serviços (a grupos de media ou individuos). O Flickr já está a ir por esse caminho.

     
  • At 1:27 da manhã, Blogger Margarida Pedroso Ferreira said…

    Ou talvez apenas não se tenha encontrado o modelo de negócio que viabilize...

    O futuro é grátis - é uma tendência que vai obrigar a "pensar fora do paradigma": oferecer os 90% commodity que criem a relevância para vender os 10% de "especialidade".

     
  • At 3:22 da tarde, Blogger Unknown said…

    "Haverá até quem deseje um regresso triunfante dos meios tradicionais. "

    Creio que esses também estão condenados, mas o futuro passará definitivamente pela rede.

     
  • At 1:31 da tarde, Blogger ZN said…

    Olá, os meus dois cêntimos de contribuição é que os serviços sociais na internet vão existir sempre e mesmo que por hipótese algo disparatada o twitter desaparecesse logo outro serviço equivalente lhe tomaria o lugar.
    tem sempre havido candidatos, uns mais open source e outros menos.
    Isto do twitter é um exemplo mas creio que serve para outros tipos de negócios na web social...
    Cumps, ZN

     
  • At 7:01 da tarde, Blogger Leandro said…

    wikipedia não morre, pela utilidade e maturidade. O modelo não é mesmo para dar lucro. Twiter é bem provável que se vá. Cá entre nós, como todo negócio mal planejado. Concordo que teremos uma leva de empresas da web 2.0 que quebrarão, mas não acredito num novo "estouro de bolha". Acredito que teremos sempre ciclos e no fim de cada um, um choque de realidade para entrar numa nova realidade. Isso funciona em todos setores (ex.: Setor automotivo)e na economia como um todo. A diferença é que na Internet isso acontece de forma bem mais dinâmica.

     

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