Isto é que vai uma crise.
O milénio está a acontecer. A ordem que manteve algumas coisas no lugar (não necessariamente o certo) está posta em causa e o cenário a ser ajustado.
Para a economia, a macro, são tempos interessantissimos, com convulsões diárias e alterações de humor espantosas. Como se os mercados estivessem em plena menopausa.
Para as empresas, a micro, são tempos de angústia com muitas dúvidas e medos. Prespectivas de grandes falhanços e quebras de resultados. É duro, mas não se pode dizer que não foram avisados.
Alguns sinais exteriores de que a(s) empresa(s) não estava(m) no caminho certo:
- A responsabilidade social e ambiental de fachada. Acções motivadas pela vaidade e sem a menor preocupação com a sustentabilidade dos negócios.
- O Branding e o rebranding. Com despesas colossais que glorificam um boneco sem sentido económico em cortejos tontos que qualquer criança os apontaria nús.
- Os patrocínios. A imposição rude e bruta em camisolas e paineis, carraçando a atenção de terceiros sem atentar ao sentido dessa presença.
As indústrias que mais investiram nestes expedientes ao longo dos últimos anos. Os bancos e os automóveis. São precisamente aquelas que mais problemas estão a ter nesta crise. Talvez não seja coincidência.
Nota – Esta semana há oitavos de final da Uefa Champions League, vejam quantas empresas em problemas estão naquelas camisolas. Valeu a pena?
Para a economia, a macro, são tempos interessantissimos, com convulsões diárias e alterações de humor espantosas. Como se os mercados estivessem em plena menopausa.
Para as empresas, a micro, são tempos de angústia com muitas dúvidas e medos. Prespectivas de grandes falhanços e quebras de resultados. É duro, mas não se pode dizer que não foram avisados.
Alguns sinais exteriores de que a(s) empresa(s) não estava(m) no caminho certo:
- A responsabilidade social e ambiental de fachada. Acções motivadas pela vaidade e sem a menor preocupação com a sustentabilidade dos negócios.
- O Branding e o rebranding. Com despesas colossais que glorificam um boneco sem sentido económico em cortejos tontos que qualquer criança os apontaria nús.
- Os patrocínios. A imposição rude e bruta em camisolas e paineis, carraçando a atenção de terceiros sem atentar ao sentido dessa presença.
As indústrias que mais investiram nestes expedientes ao longo dos últimos anos. Os bancos e os automóveis. São precisamente aquelas que mais problemas estão a ter nesta crise. Talvez não seja coincidência.
Nota – Esta semana há oitavos de final da Uefa Champions League, vejam quantas empresas em problemas estão naquelas camisolas. Valeu a pena?
4 Comments:
At 3:38 da tarde, Anónimo said…
Meu caro, não confundamos as coisas: a publicidade só para "fazer barulho", e os rebrandings duvidosos pagos a peso de ouro, sem dúvida que deram talhadas nos lucros.
Mas meter os bancos no mesmo saco dos outros, é falso. As fábricas de automóveis, ao menos criam riqueza. Se dependem de vendas, e o poder de compra baixa, é natural que se vejam em apuros.
Já as instituições financeiras, apenas mudam dinheiro QUE NÃO EXISTE, de um lado para o outro. E dão prémios chorudos aos administradores, enquanto pagam apenas 12% IRC (no caso Português), e entalam quem lhes fica a dever 1 euro que seja.
Isso não é culpa da publicidade deles, seja útil ou não - é culpa da ganância deles, com o aval do Estado. Se é que podemos falar de ambos separadamente, pois os administradores andam sempre de um lado para o outro...
At 8:34 da manhã, Consumering said…
Bancos e fabricantes de automóveis são apenas exemplos de empresas que investiram massivamente em actividades de retorno duvidoso e portanto estão (por este e por outros motivos) em muito má forma.
Até agora a GM era o maior investidor (gastador) de pub no mercado americano com um budget de billions e mesmo assim continuava a afundar-se.
O ponto é: a crise não está apenas "lá fora" tem muitas raizes na falência de um modo de vida e quem não quiser ver e continuar a insistir nos modos "so90's" não vai sair bem desta alhada.
volte sempre
At 5:56 da tarde, Anónimo said…
Sem dúvida, mas o que dizer então da Nike, McDonalds, Absolut, Heineken, Red Bull, Martini, e outras marcas que se impuseram pela publicidade convencional?
A Nike, por exemplo: gastam milhões para meter a selecção do Brasil a dar toques num aeroporto, sem mencionar um único produto. Ideia genial, ou desperdício absurdo? E a Nespresso: porquê contratar uma estrela de Hollywood - será que estão a chorar esse dinheiro deitado fora?
Olhemos novamente para a GM: é ponto mais ou menos assente, sobretudo entre os próprios americanos, que os carros japoneses e europeus são superiores. Haveria publicidade capaz de salvar um monstro como a GM, que perdia em qualquer comparação racional com os seus concorrentes? Seria um banner ou micro-site bem feito, que ia fazer o Joe Sixpack gastar 30000 dólares num carro PIOR que um Toyota ou BMW?
Por cá, os bancos e as operadoras móveis são dos principais gastadores em publicidade convencional. Não os vejo a chorar os prejuízos. Também não me consta, que os canais de TV estejam a baixar os preços, por falta de anúnciantes.
At 9:49 da tarde, Consumering said…
Factos:
- os problemas da GM, Citi, BCP são muito maiores do que os desperdícios que fizeram com a sua publicidade
- a forma pouco inteligente como têm gasto o seu dinheiro de publicidade é apenas uma gota, um sinal da fraqueza das suas decisões.
- credito habitação e carrinhas não são sapatilhas nem bebidas. A publicidade cool adequa-se a produtos cool, não necessariamente se adequa a produtos sérios.
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